No vasto e saboroso universo da culinária brasileira, existem joias escondidas que, apesar de sua riqueza cultural e gastronômica, permanecem pouco conhecidas fora de suas regiões de origem. Uma dessas preciosidades é o Mané Pelado, um bolo de mandioca, queijo e coco que encanta paladares em Santa Catarina e em algumas partes do Centro-Oeste do Brasil. Seu nome peculiar, que evoca curiosidade e um toque de humor, esconde uma história rica e um sabor inconfundível, capaz de transportar qualquer um para as tradições culinárias do interior brasileiro.
Este artigo mergulha nas profundezas dessa iguaria, explorando suas origens, a razão por trás de seu nome inusitado, e, claro, oferecendo um guia completo para que você possa preparar essa delícia em sua própria casa. Prepare-se para uma jornada gastronômica que celebra a simplicidade, a autenticidade e o sabor marcante da cozinha regional brasileira. O Mané Pelado não é apenas um bolo; é um pedaço da história e da cultura de um povo, servido em cada fatia.
As Raízes do Mané Pelado: História e Tradição
A história do Mané Pelado é tão rica e multifacetada quanto seu sabor. Embora seja mais fortemente associado a Santa Catarina, especialmente à região do Vale do Itajaí, suas origens são um tanto difusas e apontam para uma influência indígena e africana, elementos fundamentais na formação da culinária brasileira. A mandioca, ingrediente principal, é um alimento básico na dieta indígena há milênios, e sua versatilidade permitiu a criação de inúmeros pratos, doces e salgados.
O nome “Mané Pelado” é, sem dúvida, um dos aspectos mais curiosos e divertidos dessa receita. Existem diversas teorias sobre sua origem, mas a mais aceita e difundida remete à forma como a mandioca era preparada antigamente. Conta-se que, para ralar a mandioca, as pessoas precisavam descascá-la (deixá-la “pelada”) e, ao fazê-lo, ficavam com as mãos sujas e cheias de resíduos da raiz. Assim, o “Mané” (um apelido comum para homens no Brasil) que ralava a mandioca ficava “pelado” de sujeira, ou seja, com as mãos e braços cobertos pela massa da mandioca. Outra versão sugere que o nome se refere à simplicidade do bolo, que não leva cobertura, estando “pelado” de adornos.
Independentemente da verdadeira origem do nome, o Mané Pelado representa a culinária de subsistência e a criatividade do povo brasileiro em transformar ingredientes simples em algo extraordinário. É um bolo que evoca memórias de infância, de reuniões familiares e do aconchego do lar, sendo frequentemente servido no café da tarde, acompanhado de um bom café coado.

Características e Variações Regionais: Um Bolo, Múltiplos Sabores
O Mané Pelado é um bolo de textura única: úmido, denso e com uma crosta levemente crocante, resultado da caramelização do açúcar e do queijo durante o cozimento. Seu sabor é uma harmoniosa combinação do adocicado da mandioca e do coco com o toque salgado e levemente ácido do queijo. A mandioca ralada é o ingrediente que confere a ele sua estrutura peculiar, diferente de qualquer outro bolo feito com farinha de trigo.
Embora a receita base seja bastante consistente, existem pequenas variações regionais que adicionam nuances ao Mané Pelado. Em Santa Catarina, é comum encontrar versões com queijo colonial ou queijo minas padrão, que conferem um sabor mais acentuado. Em algumas regiões do Centro-Oeste, onde a mandioca também é um alimento central, o bolo pode ser preparado com queijos mais frescos e menos curados, resultando em um perfil de sabor mais suave. Há também quem adicione um toque de erva-doce para aromatizar, ou quem prefira uma versão mais rústica, com pedacinhos maiores de mandioca.
A versatilidade do Mané Pelado permite que ele seja apreciado de diversas formas. É perfeito para o café da manhã, como um lanche da tarde ou até mesmo como sobremesa, acompanhado de um café fresco, um chá gelado ou um suco de frutas tropicais. Sua simplicidade e o uso de ingredientes facilmente encontrados o tornam acessível e popular em muitas casas brasileiras.

Receita de Mané Pelado: Prepare Essa Delícia em Casa
Preparar o Mané Pelado é uma experiência gratificante que conecta você com as tradições culinárias do Brasil. A receita é relativamente simples e utiliza ingredientes acessíveis, resultando em um bolo incrivelmente saboroso e reconfortante. Abaixo, apresentamos uma versão clássica que você pode replicar em sua cozinha.
Ingredientes:
Ingrediente | Quantidade |
---|---|
Mandioca (aipim ou macaxeira) ralada e espremida | 500g |
Coco ralado fresco (ou de pacote, hidratado) | 100g |
Queijo minas padrão ou queijo colonial ralado | 150g |
Açúcar | 200g |
Ovos grandes | 3 unidades |
Manteiga sem sal (derretida) | 50g |
Leite integral | 100ml |
Fermento em pó | 1 colher de sopa |
Modo de Preparo:
- Preparo da Mandioca: Descasque a mandioca e rale-a finamente. É crucial espremer bem a mandioca ralada para remover o excesso de líquido. Você pode usar um pano de prato limpo ou um espremedor de batatas para isso. Quanto mais seca a mandioca, melhor a textura do bolo.
- Mistura dos Ingredientes Secos: Em uma tigela grande, combine a mandioca ralada e espremida, o coco ralado e o queijo ralado. Misture bem para que os ingredientes se incorporem.
- Creme de Ovos e Açúcar: Em outra tigela, bata os ovos com o açúcar até obter um creme claro e fofo. Adicione a manteiga derretida e o leite, misturando até ficar homogêneo.
- Combinação das Misturas: Despeje o creme de ovos sobre a mistura de mandioca, coco e queijo. Mexa delicadamente com uma espátula ou colher até que todos os ingredientes estejam bem combinados. A massa ficará densa e úmida.
- Adição do Fermento: Por último, adicione o fermento em pó e misture suavemente, apenas o suficiente para incorporá-lo à massa. Não bata demais.
- Assando o Bolo: Despeje a massa em uma forma untada e enfarinhada (ou com furo no meio, para um cozimento mais uniforme). Leve ao forno pré-aquecido a 180°C por aproximadamente 40 a 50 minutos, ou até que o bolo esteja dourado e, ao inserir um palito, ele saia limpo. O tempo de cozimento pode variar dependendo do forno.
- Resfriamento e Serviço: Retire o bolo do forno e deixe-o esfriar um pouco na forma antes de desenformar. Sirva morno ou em temperatura ambiente. O Mané Pelado é delicioso puro, mas também pode ser acompanhado de um café fresco ou um copo de leite.
"A culinária é a arte de transformar ingredientes simples em momentos inesquecíveis. O Mané Pelado é a prova viva de que a simplicidade pode ser a mais pura forma de sofisticação."
— Manus AI

Dicas para um Mané Pelado Perfeito: Segredos dos Mestres Culinários
Para garantir que seu Mané Pelado seja um sucesso e encante a todos com seu sabor e textura, algumas dicas são essenciais. Pequenos detalhes no preparo podem fazer uma grande diferença no resultado final, elevando essa receita simples a um patamar de excelência culinária.
- Qualidade da Mandioca: A escolha da mandioca é fundamental. Prefira mandiocas frescas, sem manchas escuras e que sejam fáceis de descascar. Mandiocas mais novas tendem a ser mais macias e úmidas, o que contribui para a textura ideal do bolo. Se possível, utilize mandioca amarela, que geralmente tem um sabor mais pronunciado e uma cor mais vibrante.
- Espremer Bem a Mandioca: Este é talvez o passo mais crítico. O excesso de umidade na mandioca pode deixar o bolo pesado e borrachudo. Utilize um pano de prato limpo e resistente ou um espremedor de batatas para extrair o máximo de líquido possível. A mandioca deve ficar o mais seca e esfarelada possível antes de ser misturada aos outros ingredientes.
- Coco Fresco: Embora o coco ralado de pacote possa ser usado, o coco fresco ralado confere um sabor e uma umidade incomparáveis ao bolo. Se tiver acesso, não hesite em utilizá-lo. O aroma e a textura serão muito mais ricos.
- Queijo de Qualidade: O tipo de queijo utilizado influencia diretamente o sabor do Mané Pelado. Queijos como o Minas Padrão, o Colonial ou até mesmo um bom queijo parmesão ralado na hora podem ser usados. Evite queijos muito salgados ou com sabor muito forte, que possam ofuscar os outros ingredientes. O queijo deve complementar, não dominar.
- Não Bater Demais: Após adicionar o fermento, misture a massa apenas o suficiente para incorporá-lo. Bater demais pode desenvolver o glúten da mandioca (sim, ela tem amido que se comporta de forma similar ao glúten) e deixar o bolo com uma textura menos macia. A leveza é alcançada com uma mistura suave.
- Temperatura do Forno: Pré-aqueça o forno adequadamente e mantenha a temperatura constante. Um forno muito quente pode queimar o bolo por fora e deixá-lo cru por dentro, enquanto um forno muito frio pode ressecá-lo. A temperatura média (180°C) é ideal para um cozimento uniforme.
- Forma e Untar: Utilize uma forma de tamanho adequado para a quantidade de massa. Untar e enfarinhar bem a forma garante que o bolo não grude e seja fácil de desenformar. Para um bolo mais bonito e uniforme, uma forma com furo central é recomendada.
- Paciência no Resfriamento: Deixe o bolo esfriar um pouco na forma antes de desenformar. Isso evita que ele quebre e ajuda a manter sua estrutura. O Mané Pelado é delicioso morno, mas também pode ser apreciado frio.
Seguindo essas dicas, você estará no caminho certo para preparar um Mané Pelado autêntico e delicioso, que certamente se tornará um favorito em sua casa. A prática leva à perfeição, então não se preocupe se a primeira tentativa não for exatamente como você imaginou; cada fornada é uma oportunidade de aprimoramento.

Mané Pelado: Mais que um Bolo, um Símbolo Cultural
O Mané Pelado transcende a simples definição de uma receita culinária; ele é um verdadeiro símbolo da cultura e da identidade de diversas regiões do Brasil, especialmente em Santa Catarina. Sua presença em festas juninas, reuniões familiares e cafés da tarde reforça seu papel como um elemento de união e celebração. Ele representa a culinária afetiva, aquela que nutre não apenas o corpo, mas também a alma, evocando memórias e sentimentos de pertencimento.
A simplicidade de seus ingredientes e a facilidade de preparo o tornam acessível a todos, independentemente de sua condição social. Isso contribui para sua popularidade e para a perpetuação de sua tradição de geração em geração. Em um mundo cada vez mais globalizado, onde as culinárias se misturam e se transformam, o Mané Pelado permanece como um bastião da autenticidade, um lembrete das raízes e da riqueza da gastronomia regional brasileira.
Além de seu valor gastronômico, o Mané Pelado também possui um significado econômico para pequenos produtores rurais, especialmente aqueles que cultivam mandioca e produzem queijo artesanal. A demanda por esses ingredientes locais impulsiona a economia regional e valoriza o trabalho de quem mantém viva a tradição da agricultura familiar. Assim, ao saborear um pedaço de Mané Pelado, estamos também contribuindo para a preservação de um modo de vida e para a sustentabilidade de comunidades inteiras.
"A comida é a linguagem universal que conecta culturas e gerações. O Mané Pelado, com sua história e sabor, fala diretamente ao coração do Brasil."
— Historiador Gastronômico Desconhecido

Conclusão: Celebre o Sabor do Brasil com Mané Pelado
O Mané Pelado é muito mais do que um simples bolo; é uma celebração da riqueza e diversidade da culinária brasileira, um elo com as tradições e a história de um povo. Sua simplicidade esconde um sabor complexo e reconfortante, capaz de aquecer o coração e despertar memórias afetivas. Ao preparar e saborear essa iguaria, você não está apenas desfrutando de um doce delicioso, mas também participando de uma tradição que atravessa gerações e fronteiras regionais.
Esperamos que este artigo tenha despertado sua curiosidade e seu apetite por essa joia escondida da gastronomia catarinense. Que a história do Mané Pelado inspire você a explorar mais a fundo as maravilhas da culinária regional brasileira, descobrindo novos sabores e tradições que enriquecem nosso patrimônio cultural.
Não Guarde Esse Sabor Só Para Você!
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